Na assembléia de 14 de junho, onde o movimento REDE apresentou como proposta a suspensão do movimento, tínhamos como cenário um movimento cuja liderança carecia de ajustes urgentes, comprometido pelo constante atrofiamento na divulgação das motivações da greve e cuja negociação foi dificultada pela postura unilateral do TJ. Os decretos e a resolução nº 04 pesavam sobre uma categoria dividida entre os contornos que a greve assumiu. Em nossa avaliação era iminente o esvaziamento da mesma por tudo que foi citado acima.
O corte de ponto, referendado pelo Tribunal Pleno na quarta-feira (30.06.2010), já tinha sido definido em ata numa das reuniões com a Desa. Telma Brito (muito antes da liminar), seria submetido a essa corte. Talvez fosse mantido mesmo com a suspensão do movimento antes, com o propósito de disciplinar os insurgentes.
A situação era, e continua sendo muito complicada.
Corríamos o risco de manter uma greve desgovernada e ter que voltar por esvaziamento. Optamos por dar o exemplo e cumprir uma determinação judicial, por mais esdrúxula que tenha sido e discutir a questão nos foros judiciais competentes, uma vez que a parte interessada não poderia figurar como julgador.
Mesmo cumprindo a liminar, antes de configurada a “ilegalidade da greve”, considerando que só um sindicato tinha sido intimado, de forma alguma nos surpreendemos com a posição do Pleno. Afinal, os próprios desembargados, (à exceção dos Des. Lealdina Torreão, Antonio Pessoa Cardoso e Lourival Trindade), além de editarem a supra citada resolução, em nenhum momento levantaram a questão buscando um entendimento entre o TJ e os servidores, fato que em nada desabonaria a postura dos mais altos membros do judiciário baiano, ao revés mantiveram conduções autoritárias.
Surpreende-nos sim, a solidariedade prestada pela corte numa alusão a uma suposta greve política contra a presidente do SINPOJUD. Essa notícia, divulgada nos blogs e no orkut deixa-nos preocupados, pois caso seja real a manifestação, denota uma relação entranhada entre diretores sindicais e patrões.
Qual o destino da nossa categoria agora?
A crise de representação continua instada. Retomar a greve nos moldes anteriores é, no mínimo, arriscado. Promover a mudança das direções se desenha como o desejo de muitos da categoria, seja através de unificação, seja por um esvaziamento (o que seria temeroso), pois além de nos enfraquecer enquanto categoria, não tira o imposto sindical, que continuaria alimentando o poder dos que aí estão, uma vez que incide sobre um dia de trabalho de todos os servidores, independentemente de ser filiado ou não, entre outras coisas.
Ademais o sindicato é nosso maior instrumento de luta e qualquer ação nesse sentido requer cautela, estudo estatutário, ações éticas e comprometidas com o bem estar dos servidores.
Por hora, defendemos a adoção das medidas cabíveis no âmbito judicial com relação aos cortes, a discussão sem passionalismos dos pontos que estão colocados e o acompanhamento das deliberações da última assembléia.
Movimento REDE.
FONTE: Blog da REDE
Achei o artigo pouco conclusivo, pois não posso acreditar que iremos recuar agora sem ter ganho absolutamente nada, exceto a ira da presidente. Devemos antecipar a assembleia do dia 30/07 com o objetivo de concientizarmos todos os colegas que doravante não iremos fazer nada além do nosso papel e de preferencia na mesma velocidade que os magistrados atuam. Além disso, devemos também denunciar qualquer situação nova que possa comprometer ainda mais a imagem do TJ perante do CNJ, se é que ainda é possivel.
ResponderExcluirNão vejo problemas em antecipar a assembléia. Novas informações foram acrescentadas ao PP em andamento. O que não podemos é incorrer em ações sem antes analisar todos os aspectos, inclusive (e principalmente) a falta de sintonia entre diretoria e a base. Isso não siginifica que não devamos fazer nada, muito pelo contrário. Podemos e devemos elencar ações que podem ser desenvolvidas mesmo sem a greve. Um dos pontos que não favoreceram a greve foi a falta de coesão da categoria. Se analisarmos friamente a questão, temos de cara um divisão entre servidores com adicional e sem adicional, o decreto 152 da presidencia ao cortar a GEE não atingiu a todos, deixando os que já recebiam como vantagem pessoal. Isso precisa ser considerado. Não dá pra fazer greve por setores, pois será fadada ao fracasso.
ResponderExcluirO que dizer de um comando que não comanda? Por pressão das assembléias elegeu-se pessoas para integrar o comando de greve junto com a diretoria (esta não à toa, altamente descredibilizada). Não podemos deixar de considerar que, por mais que os companheiros se dediquem nessa empreitada, ainda são os dirigentes os "detentores" dos números, das informações e dá má vontade em dividir isso com a categoria. Fazer passar uma proposta que incluísse servidores nesse comando e na comissão que fez a minuta do pré-projeto nas primeiras assembléias foi um duelo titânico. Quem estava lá presenciou. Greve só com a categoria disposta não garante resultado positivo. Quem tem a chave do cofre é o sindicato. Por falar nisso, às quantas anda a prestação de contas do Sinpojud? Ouvimos a alegação de que não tinha dinheiro pra matéia paga em jornal, ne TV, nada. Greve, não é cruzar os braços apenas...........requer estratégias de enfrentamento, mobilização. A categoria deu show de mobilização, organização. AS diretorias desafinaram e feio!!!!Devemos desistir da GREVE? Não, de forma alguma. Devemos buscar pontos de convergência da categoria; devemos buscar as formas de combater a omissão dos dirigentes, devemos considerar que são muitos os sujeitos do processo.
O poder, representado "harmônicamente" pelos poderes(Executivo, Legislativo e Judiciário) deu provas contundentes do quanto está articulado, em prol da defesa de seus interesses. Não sejamos ingênuos achando que será fácil nossa empreitada.
Tudo que foi iniciado serviu pra despertar uma categoria que há muito tenpo "achava que estava tudo certo". Agora temos certeza que não é bem assim.
Nada é conclusivo nesse processo. Alías, agora sim começamos a ver que falta muito pra se chegar a algo definitivo, em todos os sentidos.
Senhoras e senhores, está aberta a discussão!!
Wilson Assis - Vit. da Conquista-Ba
Se o colega Anônimo procura novidade então vejamos o por quê do Tribunal de Justiça manter um contrato junto com a Ticket Restaurante para fornecimento de Tickets em papel, se nós recebemos o benefico do auxilio alimentação diretamente no contra cheque? Quem são os beneficiarios? Qual o critério de distribuição?
ResponderExcluirVamos investigar esta situação???????
A PAUTA DE REVINDICAÇOES 2011 VAI SER RETROATIVA A 2010?KKKKKKKKK
ResponderExcluirEnquanto vocês reclamam da má administração do TJBA, eu estudo. Cansei de tomar porrada. O que era pra ser um degrau de ascensão se tornou uma areia movediça. Há outros órgãos que merecem nossa inteligência e força de trabalho. Antes que aceite de vez minha condição de escravo, vou tentar fugir dessa senzala.
ResponderExcluirNinguém fala mais sobre a pauta de 2010. E o nosso direito a licença prêmio, como ficará? Não acho justo os magistrados saindo de licença prêmio enquanto que nós ficamos tolidos de usufruir tal direito. E que história é essa de ticket restaurante? SE é verdade eu também quero receber o ticket além do auxílio alimentação, ou será que o critério da impessoalidade neste caso também é esquecido?
ResponderExcluirA Presidente do SINPOJUD não permitiu que não concursados e não estáveis configurem o seu quadro de diretores, como ocorre no SINTAJ. Este sim é o sindicato dos Apadrinhados, dos que faziam parte do IPRAJ e dos que antes ocupavam as secretarias dos SAJs nos SACs. No SINPOJUD, já houve até Presidente cliente C, que devido a sua falta de responsabilidade com o seu exercício vigente, deixou o sindicato em frangalhos e sem credibilidade. O que dizer de outros que passaram pela presidência? Falsificaram até documentos!
ResponderExcluirHoje, a nossa Presidente Sindical é rechaçada por essa corrente de oposicionistas que em nada contribuíram para o fortalecimento da categoria. A categoria que hoje está dividida entre Servidores e Serventuários. Observem bem, servidores e serventuários, administrar direitos e deveres não é tão simples, não basta somente queremos e impormos, é necessário muita negociação e vocês não perceberam isso. Não poderemos assumir uma postura inflexível e dura, tal qual fazem os Desembargadores do TJBA. Nós precisamos fazer um permanente trabalho de convencimento e de conscientização, não queremos fazer palco ou palanque para arrancar aplausos. Queremos resultados! Queremos conquistas sim, mas nos moldes do que a o nossos Poderes delimitam. Não poderemos anarquisar e nem nos comportarmos como se vivessemos em permanente anarquia. Existe uma Ordem que prevalece mais do que os nossos próprios direitos. Essa chamada ORDEM, apesar de muito de seu ORDENAMENTO ser considerado imoral, ela é altamente LEGAL! Não poderemos arriscar a vida de nivguém e a manutença de ninguém.
A situação de quem, hoje, é dirigente sindical, principalmente na Bahia, é semelhante a quem tem muita vida e juventude, tentar negociar com a Morte e com o Tempo, todos nós passarmos a ter menos envelhecimento. Eles fingem aceitar e nós fingimos acreditar que isso está acontecendo, mas enquanto isso, investimos em remédios e aparelhamos a estrutura para condicionar mais qualidade de vida.
Não há nada de errado conosco e nem com a categoria, pois estamos do mesmo lado. O problema é que temos que enfrentar mais de 30 Golias em cada proposta direcionada a aumentar salários da base, pois precisamos provar que tais majorações não vão afetar a distribuição das riquezas entre eles e seus escolhidos. Observem, a corte existe e lá não há problemas de caixa, pois eles são donos do cofre. Aqui, somos os plebeus e nós, dirigentes sindicais, somos os intermediários entre os que se acham deuses e os que são considerados pobres mortais. Queremos solução, mas precisamos de maior unidade e mais reconhecimento, porém, eis o grande problema que provoca o desconhecimento, a falta de informação.
A mudança de presidnecia e de diretoria não irá transformar ou melhorar nada se não houver união da categoria, Servidores e Serventuários. Observem que enquanto houver duas categorias se dividindo e se degladiando, atacando e tirando a autoridade dos seus dirigentes, nada poderemos fazer.
Foi nesse discurso maquiavélico que muitos do Pleno se abraçaram para manter o corte de ponto, foi uma forma de causar maior desconfiança entre os filiados e diretoria sindical. Pensamos em elaborar uma Nota de Repúdio ao apoio demagógico dos Desembargadores a Presidente do SINPOJUD, pois sabenmos que a intenção foi fazer a categoria perder o respeito pelo seu sindicato.
Porém, não iremos mais por esse caminho, pois sabemos o que e quem são os que podem prejudicar a categoria, e infelizmente, não temos a mesma força que eles devido a essa crescente desunião.
Encerro, muito respeitosamente aos desenvolvedores do Blog.
O.J.S.
O nosso sistema político é confuso, lenicinioso e paternalista. Enquanto houver essa relação promiscua entre os três "podre" Poderes, nada do que for feito ou decidido hoje surtirá algum efeito.
ResponderExcluirNão podemos decidir e em escolher nada.
Muitos acreditam que o CNJ poderá ser a solução para os graves problemas que nos afligem diariamente na esféra administrativa do Poder Judiciário. A verdade é que eles, os MM Ministros, são também autoritários e, para piorar a situação, altamente liturgicos. A democracia dentro do CNJ é igualmente solidaria, em parte, entre eles. Igualmente no Pleno do TJ da Bahia, observamos as posturas autoritárias vestidas da liturgia da função.
Atinem para que o que prejudica, não é o sindicato em si, mas a postura medrosa e covarde de alguns de seus dirigentes. Destaco esta colocação por conta de eu ser um dos que mais tem combatido a falta de iniciativa da nossa Presidente do SINPOJUD. Observo que não ataco e nuca ataquei a pessoa da Presidente do sindicado supra, pois esta eu conheço bem e posso declarar que é uma pessoa de bem. Sei que quando o SINPOJUD foi assumido por ela, este estava em frangalhos e tudo que ela busca, no momento, é fazê-lo uma instituição poderosa e capaz de enfrentar a liturgia de muitos Desembargadores do TJ da Bahia, algo que hoje ainda não é possível.
Eu e outros dirigentes sindicais percebemos que não é tão simples se opor as decisões do TJ da Bahia sem ter que sofrer as consequências disto. Como vocês sabem, nosso cargo de dirigente sindical é temporário, pois depois de encerrado o exercício desse, retornaremos as nossas funções de origem. De certo vocês haverão de concordar que o que puder ser feito após o retorno de muitos para as suas lotações, problemas poderão acontecer e eis o que sabemos, na prática, o que devemos evitar.
Com relação a Greve e os seus precedentes, ALERTA GERAL e etc., levamos isso muito a sério e não se tratou de sensacionalismo ou terrorismo, pois não duvidamos do que os Magistrados, tanto do CNJ ou do TJ da Bahia, são capazes de fazer. Observem o exemplo do corte de ponto, eles, a parte interessada, foram os julgadores e executores. É questionável, sim! Mas o próprio STF já julgou situações semelhantes como procedentes em parte. É no mínimo um "gran tatro jurisprudencial" que se revela em cada proferimento dessas altas cortes.
Estou e sou desapontado com a nossa máquina judiciária e, numa visão mais ampla, a governamental no que tange a participação política.
Observem o que ocorreu com o Projeto ficha limpa, aprovado pela câmara Federal. Está sendo completamente inócuo, pois o Ministro de Lula, o Min. Toffoli, esta permitindo que candidatos julgados e condenados pela justiça possam dar continuidade as suas campanhas. O projeto escolhido pelo desejo do povo, pelo povo e para o povo! Este projeto corre o risco de ser uma piada mal contada.
Vocês perceberam que a maioria dos grevistas radicais eram digitadores dos juizados? Acho que a crise maior é com o pessoal de nível médio. Ou seja, em um novo PCS, é melhor reduzir a distância entre os salários dos níveis médio e superior. Aliás, um dos capitães da greve era o nosso colega de Paulo Afonso, Cecílio Matos, que por sinal também é digitador. Se bem que este fenômeno tende a se repetir de forma dinâmica. Pessoas com nível superior, fazem concurso para nível médio, ou o adquirem depois, provocando este efeito de incompatibilidade entre a formação do servidor e a sua remuneração como nível médio. Talvez o concurso interno resolvesse esta questão, mas aí se criaria outro problema, pois todos iriam primeiro fazer o concurso público para nível médio, para depois fazer o concurso interno para nível superior. Acho que se medidas preventivas neste sentido fossem adotadas pelo TJ, evitaríamos greves desnecessárias e a penalização dos servidores com desconto nos salários.
ResponderExcluirNao desistamos de lutar. Grandes conquistas vem de grandes lutas. Chega de obter concessões, temos que afirmar nossos direitos. Fugir do barco é a solução dos fracos. O TJBA não é de um grupo. O TJBA eh de todos. Se fraquejarmos agora o futuro vai nos cobrar. Pensem que hj a situação é outra. Temos uma capacidade jamais vista de mobilização. A internet e um fenomeno novo. Muitos não sabem ainda como lidar com ela, temos que nos aproveitar disso. Nós temos condições de juntos transformar a situação adversa em vantagem. A decisão esdruxula que declarou a greve ilegal pode ser a oportunidade de conferir caráter nacional ao descalabro da Bahia.Devemos ainda cobrar da diretoria do sindicato posição coerente com as aspirações da base ou então que renunciem.
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