A reunião do Pleno, no último dia 30, nos revelou até que ponto vai o rancor com a categoria que, de forma ousada, amplificou as irregularidades apontadas pela nota técnica do CNJ e reveladas pelo Portal Transparência.
Se a nossa reação fosse de indignação passiva, mantendo o silêncio perante a sociedade, poderíamos até ter iniciado a greve, com outra palavra de ordem, sem provocar as conseqüências vistas.
Mas ao gritarmos por moralização, despertamos a fúria do Titã que, para garantir o poder, foi capaz de comer os próprios filhos, vez que eles, acreditava a figura mítica, repetiriam a história anteriormente vivida, quando derrotara o próprio pai.
Cortar os dias trabalhados nesta primeira etapa causou enorme transtornou para a categoria, que já imagina aquele que virá no final deste mês, com o corte prometido referente aos dias de junho.
Nem mesmo a folclórica notícia, veiculada pelo SINPOJUD, de que será paga a parcela legalmente devida do PCS, se confirmada, conseguirá amenizar a indignação que a decisão do pleno significou.
Não só pelo prejuízo financeiro, comprometendo a subsistência de cada um dos servidores atingidos, muitos arrimo de família, mas pelo ato revestido de caráter revanchista.
Será que, ao atingir o bolso dos servidores, a direção do TJ conseguirá submeter cada um deles ao seu domínio?
Cremos que não, e vemos nesse ato uma chama que poderá provocar incêndio de difícil controle, porque as perspectivas não são boas, agravadas com a possibilidade da concessão da CET, o que fatalmente irá comprometer as finanças do poder que, por conseqüência, não poderá atender a todas as demandas e, assim, a cada dia, a crise irá se aprofundar.
O que já se encontra precário, o serviço prestado pelo poder, irá atingir níveis cada vez piores, confirmando o que já se sabe, que nós somos o pior tribunal do Brasil.
Não pensem que somente nós servidores pensamos assim. Algo semelhante ao que vimos na reportagem sobre a situação de São Paulo, quando opiniões, camufladas pelo anonimato, entraram em sintonia com a postura dos servidores.
A pequenez do ato do pleno foi inútil, porque a carência financeira momentânea será resolvida, com maior ou menor dificuldade, mas o sentimento que gerou em 8000 servidores sobreviverá no tempo, e aí reside o perigo. Sequer podem contar com a intermediação dos sindicatos, vez que não vivem eles o melhor momento para angariar a simpatia dos servidores, aparando arestas entre os conflitantes.
Desconsiderar esta raiva é imprudente, porque, de uma maneira ou de outra, as coisas mudam, é fato da vida.
Exemplo construtivo temos quando a iniciativa popular, através de meios legais, dizem não às práticas que repudiam, tal qual se deu com a lei da ficha limpa. Algo semelhante poderia acontecer, por exemplo, para que as presidências dos tribunais sejam preenchidas em decorrência de eleição direta, e os eleitores sejam os membros componentes do poder, todos, sem exceção.
Muito mais interessante seria pensar em construir o futuro do tribunal, contemplando sua base, com salário digno, com condições decentes de trabalho, com equidade e isonomia e, principalmente, com respeito.
FONTE: Blog dos Sem Padrinhos
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Na realidade colegas, acredito que o TJ/BA pagará a parcela legalmente devida do PCS agora em julho. Sabe porque? Usará o dinheiro descontado dos noss salários nos meses de junho e julho. Que esperta!!!!!!!!!
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