segunda-feira, 5 de julho de 2010

NUNCA ANTES NA HISTÓRIA DESSE TJ: CASTIGO E SOLIDARIEDADE.


As últimas semanas foram de muitos acontecimentos. Surpresas pra uns, decepções para a maioria. Festa para um grupinho.
A presidência do TJ anunciou o corte de ponto dos grevistas – contando dias antes da greve ser considerada ilegal – e cumpriu o anunciado, pela primeira vez na história do Tribunal de Justiça da Bahia. Os sindicatos foram pedir pelo amor da deusa, mas nem sequer foram recebidos. Esperaram então a piedade do Tribunal Pleno. Este não tomou conhecimento dos pedidos de misericórdia. E o pior aconteceu: os apadrinhados do palácio da justiça se refestelaram com seu salário integral, sem corte de ponto, nem corte do adicional de função (como determinou o CNJ em 31.05), enquanto o resto ficou à míngua, como sempre.

Durante a greve os mais criticados foram o “povo novo”, também chamados de “comedores de filé”, que queriam promover revoluções ditas utópicas no TJ. Talvez por inocência sonhavam com um Tribunal de Justiça justo (isso não deveria ser uma redundância?). Depois dessa greve muitos perderam essa inocência e talvez a vontade de trabalhar pela edificação do TJ Ba, pela boa prestação de serviço numa casa que não os reconhece e nem os valoriza. Independente do tempo de serviço que tenham, aqueles que ingressaram no TJ por conta de um projeto de vida, pelo sonho, com desejo de prestar o bom serviço que o cidadão paga para ter, por acreditar nos princípios norteadores da justiça, para contribuir para mudança de cara do serviço público no judiciário - tão achincalhado - estão decepcionados. Não só pelo baque financeiro, pela desestruturação das suas vidas, mas principalmente pela vergonha de ver que tudo acontece às claras, com o aval dos poderes constituídos. Tudo na nossa cara, sem que alguém ou algo dê um basta. Ninguém pode com o TJ?
Isso necessariamente provocará reações. Os inocentes de outora, no mínimo, nada mais farão além de suas obrigações. Prevemos também uma debandada em massa, pois, de certo, esse povo tão criticado por ter valores tão nobres, tem ousadia, juventude e agora vontade suficiente para não mais investir suas vidas no que parece teimar em permanecer no caos.

Para agravar o desencantamento de muitos, houve situações ainda mais absurdas. A disposição dos nossos sindicatos é destaque. Ou a falta dele. Nos sentimos sem pai nem mãe. Mas sobre isso não se faz necessário retrospectivas. Seria masoquismo.
No entanto, nessas semanas de graves acontecimentos, uma coisa marcou. Um discurso que arrumaram e que ficou bastante afinado, sobre os motivos da nossa greve e que deu espaço para os castigos que estamos sofrendo.

A Presidente do TJ, em algumas reuniões com servidores, sempre afirmava que a greve era política. Falava da “briga interna com os sindicatos” e defendia, ainda que timidamente, a presidente do SINPOJUD, srª Maria José, que dizem, é sua amiga pessoal.
Após o fim da greve esse discurso se propagou.

Na reunião do Pleno do TJ, no último dia 30, o corte de salário foi ratificado e os desembargadores justificaram a decisão pelo entendimento de que a greve foi feita pra derrubar Zezé, com quem se solidarizaram. Como se não bastasse essa situação esdrúxula, a coisa não parou por aí. Em entrevista ao Bahia Notícias, eis que a Presidente da AMAB, drª Nartir Weber, quando perguntada sobre a greve dos servidores, fez uso do mesmo discurso. Exatamente o mesmo!

Essa situação nos causa espécie. Será mesmo que para “derrubar” a presidente do SINPOJUD seria necessário uma greve de 37 dias? Uma pessoa que em novembro passado anunciou que foi (re-re-re)reeleita com 80% dos votos, em 6 meses estaria enfrentando tamanha oposição, de 8 mil servidores?

Dizem que uma mentira repetida muitas vezes acaba por se transformar em verdade. Mas não acreditamos que a digníssima Zezé para se sustentar precise do discurso “demagógico e maquiavélico” alheio. Pra que tanta solidariedade se não estava sequer ameaçada? Em 07 de maio de 2010 realizamos apenas a 3ª assembléia do ano (a primeira em 26.02, a segunda em 20.04) após a posse das novas diretorias dos dois sindicatos! Iminente deposição era o caso de quem sempre se entitulou a grande líder da categoria?

Se querem motivos para a greve nós damos: a greve foi por tudo. Pronto! Tudo o que vimos e não pudemos combater, tudo o que sofremos, tudo o que não nos foi dado, tudo o que nos foi retirado injustamente, tudo o que agüentamos, até então, calados. Pelas injustiças e imoralidades. E Zezé sabe bem disso.
Não estamos entendendo porque arrumou tantos defensores e solidários, como se fosse uma coitadinha.

Solicitamos à Presidente do SINPOJUD um esclarecimento aos desembargadores, aos servidores e a quem interessar possa. Sugerimos um daqueles famosos vídeos no site do sindicato, com um pronunciamento da mesma explicando os motivos da greve e encerrando essa polêmica. Jogando por terra essa falácia.
O objetivo de tudo isso é nos diminuir e ridicularizar. E o mínimo que pode ser feito é um esclarecimento, em justiça e respeito aos servidores que compareceram às assembléias, que participaram do movimento, que viajaram kilômetros para promover o debate. Muito dinheiro foi gasto pelos sindicatos para patrocinar deslocamento, alimentação e hospedagem dos servidores, verba que sai do bolso dos próprios beneficiados. Nós merecemos que a presidente do nosso sindicato se coloque no seu devido lugar e defenda a categoria. Isso tudo nos envergonha e ela tem o dever de por fim nesse vexame.

Quem sabe até precisamos de nova assembléia para falar sobre este assunto, afinal, parece ter sido esse o argumento decisivo para a manutenção da penalização que nos foi imposta.
Fomos penalizados porque supostamente atacamos Zezé?
Mal sabem os desembargadores que eles colocaram a presidente do SINPOJUD diante de um dilema shakesperiano: sai prestigiada pelo Pleno ou desprestigiada pela categoria?
Um posicionamento urge! Sob pena de, aí sim, iniciar-se um processo de destituição.

Tudo para desviar o foco e nesse ínterim, tivemos notícia que os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiram por unanimidade, no dia 23/06, pela proibição do corte de vencimentos dos grevistas do Ministério do Trabalho e Emprego. Segundo os ministros, “o vencimento é verba alimentar e cortá-lo significaria suprimir o sustento do servidor e da sua família”. A decisão foi tomada sob a alegação ainda de que o direito de greve não pode ser negado aos servidores públicos – em greve desde o último dia 6 – e o corte nos vencimentos não é obrigatório. Deixar de pagar os salários, segundo o ministro Hamilton Carvalhido, seria uma "retaliação, punição, represália ou modo direto de reduzir a um nada esse legítimo direito consagrado na Constituição da República". Entre outras coisas, os grevistas reivindicam melhores condições de trabalho, implantação imediata de plano de carreira específico para a categoria e a regulamentação da jornada de 30 horas semanais, com dois turnos de seis horas cada.

Por essa e outras que temos que procurar o nosso lugar e questionar da maneira certa o TJ. Provocar quem pode regulá-lo. Por hora só sabemos da negativa do pleno e em contrapartida não sabemos que medidas judiciais foram provocadas, não sabemos se as medidas do recuo estratégico foram tomadas.

OS SINDICATOS JÁ PODERIAM TER FORMULADO TODO E QUALQUER PEDIDO JUNTO AO CNJ. Principalmente diante do argumento utilizado pelos desembargadores para nos castigar.

Parece que deixar os servidores desinformados sobre as medidas que vêm tomando se tornou uma grande tática populista. Só revelam as ações quando algo positivo acontece, pra que o trabalho seja mais realçado. Deixar os colegas mais desesperançosos provoca visibilidade quando alguma medida da certo.
Criar dificuldade para depois dar a facilidade é tão antigo... Isso não é legal.

Melhor é ser leal à categoria. Todos saem ganhando. Vá lá que o TJ pense o que quiser, mas os sindicatos sabem que não fizemos greve por causa de Zezé. Se criticados foram durante o processo, isso é outra história. TÊM O DEVER MORAL DE DESMENTIR ISSO. No discurso e nas ações.
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22 comentários:

  1. Zezé age como política. Não fala, deixa que surjam os rumores. Os desembargadores para recharçar a nossa petulância em criticar a forma como eles conduzem o TJ precisavam desqualificar a greve, se quisessem "legitimar" o corte de ponto. acharam uma "briga interna" que nunca existiu. Criticar Zezé agora é luta interna pelo poder. O TJ, cínico taxou nossa greve de "intriga da oposição", como se o funcionamento das nossas assembléias e sindicatos fosse da conta deles e não somente tratar das pautas de deliberação.

    Cínicos, apodrecidos, patrimonialistas, se fazem de donos da coisa pública. Conseguiram nos silenciar usando a força de uma forma patética, que não tem sustentabilidade nenhuma e só continua repercutindo por causa da leniência do sinpojud e do sintaj, que xontinuam agindo preocupados em não ferir o ego dos monarcas do TJ.

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  2. GENTE,
    Não podemos nos desmobilizar, apesar desse "recuo estratégico". Não vamos deixar apagar esse chama, que proporcionou um levante histórico da categoria contra tantas imoralidades e iniquidades. NÃO DEVEMOS ESQUECER QUE ESTAMOS LUTANDO, ACIMA DE TUDO, POR UM POUCO DE DIGNIDADE. A Presidente está fazendo um jogo maquiavélico: ela vai tentar tirar tudo o que puder para nos testar, para nos colocar em desgraça, porque ela quer ver se realmente honramos as nossas calças, se temos coragem de lutar por nossos direitos!
    ELA GOSTA DE JOGAR, SERÁ QUE NINGUÉM AINDA PERCEBEU!!!!!!!! E NÓS: SERÁ QUE JÁ NOS CONTENTAMOS EM SER PEÇA FORA DO TABULEIRO???
    NÃO DEIXEM O CORTE DE SALÁRIO E AS AMEAÇAS DO TRIBUNAL SILENCIAREM VOCÊS. DEUS ESTÁ AO NOSSO LADO E ELE NOS AJUDARÁ NESSA EMPREITADA.
    FIQUEM COM DEUS.

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  3. Antonio Ferreira Inocêncio5 de julho de 2010 às 22:55

    Colega, seu comentário de tom romantico, não condiz com a dignidade que devemos ter, se fizemos uma greve justa e o TJ cortou nossos salários não importa, e acho até justo, se não queremos que nossos pseudos colegas percebam mais que nós, também não nos interessa roubar a socidade cobrando dela por dias não trabalhados.

    Já me manifestei antes aqui,fomos e estamos sendo usados por um grupinho de aventureiros, embora não concorde com algumas atitudes de Zezé, mas quem conhece o historico da categoria sabe o valor desta colega.

    Posso até não ter compreendido a intenção do movimento, mais muitos também não compreenderam, alías poucos entenderam, a luta que se travou com os colegas da capital.

    A estranhenza é a proporção do absurdo em que fomos expostos, ouço quase que diariamente em meu cartório deboche de colegas, advogados e de outros deuses, sobre a infantilidade e amadorismo de nossa categoria e a nossa perda de credibilidade junto ao CNJ,dizem que já estamos até sendo ridicularizados por lá, não sei se tem procedência.

    O bom seria colega que a luta pela dignidade comece internamente, pois enquanto colegas nossos levarem caneta e papel para casa, não poderemos cobrar tratamento digno. Pois quem conhece a historia do sindicalismos no TJ e quem tiver retrovisor jamais irá querer olhar para trás.

    Não seja sentimental, nem infantil e imaturo para não reconhecer que há uma cisão politica e uma tentativa de golpear a pobre Zezé, perceba que querem a todo modo se apoderar do trabalho dignificante de nosso sincicato. Digo, dignificante porque quem tiver coragem de olhar para trás, saberá que ainda estamos construindo uma piramede e sem base solida não haverá construção.

    Lembre-se, não coaduno com as politicas dos sindicatos, mais seria infiel comigo mesmo se não reconhece as conquistas de nossa categoria obtidas através destes sindicatos.

    Cuidado colega, porque há estorias e historias. Sejamos dignos em todos os nossos passos.

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  4. "em 6 meses estaria enfrentando tamanha oposição, de 8 mil servidores?"
    Daí se vê a tendenciosidade da matéria. De onde se tirou este fantasioso número grevistas? Os magistrados também fizeram greve? A adesão foi 101? Aí fica difícil ter credibilidade. Assim só vão tomar o Sindicato em 2050.

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  5. "Enquanto tivermos lideranças sindicais que se comportam como dirigentes de grêmios recreativos estaremos fadados ao insucesso nas demandas dos servidores que contrariem os interesses da cúpula patronal.

    Acuados por um temor reverencial e desesperados por nunca terem feito quaisquer manifestações que expusessem as mazelas de um fosso salarial que garantia remunerações nababescas a alguns, em detrimento da maioria dos servidores "desadicionados". Os sindicatos quedaram inertes aos argumentos de que não suportariam a multa de "trinta dinheiros" e encaminharam pelo fim do movimento paredista, ou melhor, pelo bravo e triunfal "recuo estratégico".

    Ademais, questionavam inoportuna, a manutenção de uma greve durante os festejos juninos e a copa do mundo, como se esses eventos decidissem a vida dos servidores, o final dessa história já conhecemos...

    Encerrou-se uma greve, sob o lema do "recuo estratégico" sem negociação de qualquer contrapartida, mais tarde tomamos conhecimento de que esperavam pela piedade dos bons corações dos detentores do poder.

    O resultado desta inabilidade foi desastroso e já está sendo percebido nos contracheques dos servidores e tudo isso, antes mesmo de começarem os festejos juninos, senão vejamos: salários cortados no dia 22/06 e sanção da lei da CET no dia 23/06. O pleno no dia 30/06 foi implacável e decidiu pela manutenção dos cortes demonstrando que para o tribunal de justiça, os salários dos servidores desadicionados, não tem caráter alimentar.

    O pior é que, até as históricas imagens do caboclo e da cabocla já estão retornando para a Lapinha e os servidores desadicionados continuam a chorar os abusivos e perversos descontos sofridos nos salários." comentário no orkut

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  6. O fato é não temos representantes sindicais que nos representem. Ponto. Sem representatividade, como podemos nos mobilizar? A confiança foi quebrada. Não é a categoria quem participa das negociações. OS representantes sindicais, TODOS, de ambos sindicatos, deveriam renunciar a seus postos. Como manter um "casamento" onde só um lado quer manter-se "casado"? Cadê o amor-próprio dessa turma? Deveriam agir com honradez, renunciar e voltar a suas unidades de origem. É a única maneira de reverter essa situação: com nova liderança.

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  7. "A Presidência do Tribunal de Justiça lembra aos juízes e servidores em todo o Estado para o encerramento, na próxima quarta-feira (dia 7), do prazo para contagem e confirmação dos processos em todas as unidades e varas do Estado da Bahia..."
    Será que ela tanbém vai cortar os nossos salários, caso não consigamos terminar a contagem dentro do prazo estabelecido?

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  8. o colega anonimo tem razão. Não podemos deixar de continuar lutando e temos a obrigação de demonstrar para a presidente que unidos somos fortes. Vamos parar novamente!

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  9. Importante estas imperiosas colocações, pois torna-se mister dizer que as evidências falam por si e somente.

    Primeiramente, quem ficou bastante incomodado com a Greve foram os desembargadores do Pleno, salvo raras excessões que ainda sonham com um judiciário igual para todos, que calcularam perdas de arrecadação diária por conta do movimento paredista.

    Neste mesmo sentido, cabe esclarecer que a Presidente do Sinpojud se manifestou de maneira diplomática, não atacando e nem desrespeitando os MMs. Magistrados, mas deixando sempre claro (e Bete Rangel, do Sintaj, é testemunha) dos verdadeiros motivos que determinaram uma greve inevitável que foi a "ameaça de cortar de quem tem pouco para favorecer a quem tem muito" e que "precisava ser resolvido isso logo, antes que o CNJ caia para dentro do Tribunal de Justiça da Bahia para mostrar como resolver".

    Maria José, Oficial de Justiça, da Comarca de Ilhéus, sempre foi e sempre será estrategista, aprendeu a não atacar primeiro e negociar depois. Essa consciência política se construiu e se lapidou durante os primeiros anos em que ela esteve a frente do Sinpojud sem conseguir nada que equacionasse a nossa situação financeira.

    Nossa vida como serventuário da Justiça até 2001 era um verdadeiro inferno. Ganhávamos praticamente salário mínimo (e as vezes menos).

    O SINPOJUD era um “Sindicato” comandado por dirigente que só pensava em si mesmo. Quando ele promovia uma greve, antes mesmo de conseguir algo, ele a terminava, sem dar explicação nenhuma - dizia apenas que a greve acabou. Isto porque ele entrava em contato com os políticos, ouvia as orientações do seu partido e por temer ser demitido por não ser DEVIDAMENTE concursado, encerrava o movimento sem dar maiores explicações e sem nenhuma conquista.

    O sindicato só possuía dívidas. O prédio era alugado. Ficávamos próximo ao Fórum Rui Barbosa, tinha uma sala com cadeiras de plástico. Nós dormíamos em colchonetes, não existia carro e tudo o que havia era alugado.

    A diretoria era formada, na maioria, por servidores não concursados sem estabilidade, que por qualquer ameaça dos Desembargadores desistiam de defender os interesses da categoria. Era uma situação revoltante e angustiante. Foram anos a base de salário mínimo e sem mais nada, enquanto que esses dirigentes sindicais ganhavam, além dos seus vencimentos, um adicionalzinho gordinho para poder ficar calado.

    ...

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  10. Este dirigente era ou é ainda político e só pensava em ser deputado. A entidade sindical na administração dele, usava a nós e a imagem do sindicato para o enriquecimento ilícito de seus dirigentes.

    Era um sindicato morto, apagado e inoperante. A nossa URV, que poderia ter sido recebida na mesma época que os juízes receberam, não aconteceu na mesma época dos magistrados por causa desse presidente sindical.

    Depois de Maria José, passamos a ser respeitados e a ser recebidos de maneira mais ponderada por parte do TJ da Bahia.

    Hoje o sindicato tem um verdadeiro patrimônio. O nosso salário, que ainda não é muito bom e nem mais ou menos, aumentou. Mas não por força do radicalismo e sim por saber negociar a favor da categoria. A perspectiva é de melhora, mas precisamos nos posicionar de maneira cautelosa, pois os Desembargadores são poderosos e são eles que decidem como a Administração deve agir.

    Fizemos 86 dias de greve para sairmos da condição de "miseráveis" do Poder Judiciário nacional. Melhoramos o pouquinho que hoje existe nos nossos contra-cheques por conta de negociações e muita diplomacia.

    Não é justo, depois do pouco que nós fizemos, mas que melhorou significativamente a vida dos servidores se comparado ao ano de 2001, termos a nossa integridade moral questionada.

    As declarações do Pleno tem nítido objetivo em acelerar a divisão entre servidores e serventuários, lançar dúvidas sobre a posição de Maria José na defesa de nossos interesses e provocar desunião da categoria em caso de ser deflagrada nova greve.

    Os desembargadores sempre tiveram Maria José como uma "pedra no sapato". Sempre quiseram mantê-la sob controle, mas ela mesma era a que chamava mais a atenção deles sobre o que estava deixando de ser feito para melhorar a qualidade de trabalho de todos, e que se a categoria se revoltar e deflagrar uma greve, ela irá apoiar.

    Todos os Desembargadores do Pleno querem vender a imagem de que a Greve foi por questões políticas, mas porque isso agora? Simples, para convencer os Deputados Estaduais e Federais, para não chamar muito a atenção do CNJ e desviar o foco do verdadeiro motivo da Greve. A partir do momento em que eles ratificaram a decisão de manter o corte de ponto, Maria José falou que eles "atiraram no próprio pé". Pois isso, por si só, já é um belo motivo para retornar a greve.

    A decisão do corte de ponto já está em discussão na esfera Federal. Explicou-se todo o desenrolar da greve e os reais motivos que tornaram inevitáveis o movimento grevista.

    Foi apontado que os outros Tribunais Estaduais estão em greve por motivos semelhantes, dentre eles a falta de moralidade de um órgão que deveria zelar pelo bem de todos em geral.

    Quero observar que se hoje o Tribunal de Justiça da Bahia é um lugar possível de se trabalhar e de ser remunerado com um vencimento melhorzinho que o que antes era oferecido, isso ocorreu por causa de Maria José.

    Hoje, ela está mais cuidadosa com as palavras e mede consequências antes de proferir qualquer acusação. Só não se limita a falar o que é de conhecimento de todos.

    Espero que vocês se atinem para o que está sendo construído aos poucos, mas de maneira organizada. Não se consegue construir uma casa da noite para o dia, mas temos como enxergar como poderá ser o final da obra. O acabamento da obra, somente no final e isso é o que exige mais investimento.

    A greve poderá voltar, mas desta vez será para chamar a atenção do CNJ por conta das arbitrariedades do TJBA.

    Companheiros, visitem mais o Sinpojud e participem dos nossos encontros. No dia 30 de julho, compareçam a Assembléia. É importante a presença de todos.

    Iremos custear o transporte para aqueles que desejarem vir em grupo. Conversem com o Delegado de sua comarca. Se até o dia 30 de julho, nada for feito para reverter a situação que está nos prejudicando hoje, o Sinpojud irá continuar a greve por tempo indeterminado ou até a decisão do STF sair.

    Só alerto a categoria para não colocar o carro na frente dos bois.

    Atenciosamente,

    SINPOJUD

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  11. Antônio Ferreira:
    Se você vive neste planeta já deveria saber que essa categoria é ridicularizada desde sempre, sob alegações de incompetência, de corrupção, de falta de qualificação. O Judiciário Baiano HÁ MUITO é ridicularizado pelo Brasil: existe uma justiça boa, uma ruim e a Justiça da Bahia. Quando o CNJ compareceu aqui, para a Inspeção, disse que o TJBA para ficar ruim precisaria melhorar muito.
    Peço vênia, colega, para discordar de sua opinião. Acho que românticos são: a) os que acreditam na fantasiosa PEC (tão falaciosa que tiraram o artigo que prevê a equiparação, porque é claramente inconstitucional; b) os que acreditam ser possível melhorar as condições salariais de milhares de famintos mantendo os adicionais de função (ou você tem outros critérios para estabelecer o limite prudencial?); c) os que defendem pessoas e não a atuação delas. O momento é crítico e Zezé deixou a categoria na mão. Se o passado dela foi marcado por conquistas, então por que isso agora? Para sair pela porta dos fundos perante a categoria?
    COMO JÁ DIZIA O POETA, O TEMPO E NÃO PÁRA. QUEM FICA PARADO, ACABA SENDO ATROPELADO PELA REALIDADE DAS COISAS. PENSE NISSO!

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  12. são 10 mil servidores.
    2 mil tem adicional.

    ela cortou o ponto de cerca de 8 mil servidores.

    entendeu?

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  13. Acho que não devemos olhar para trás.É pra frente que se anda.Quem puder e tiver condições deve fazer um concurso federal para ir para lugar mais salubre,com futuro.Quem estiver para se aposentar ou aposentado deve lutar para esta Lei 11170-08 ser modificada.Se fôssemos esperar os aumentos que o nobre governador concedeu, teríamos o mesmo proveito,já que este aumento infeliz incide só sobre vencimento básico.Tanta discussão por tão pouco!!!!!E fazem questão de tirar este pouco.O TJ é tão injusto,mas tão injusto, que pouco há fazer.Só um D Quixote para lutar...Não tenho mais nenhuma esperança com Zezé,Bete,Zé Buxu.Cada um olhando os seus interesses.

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  14. Caramba! Essa zezé tem poder mesmo!
    Presidente do TJ, Pleno e a turma do ADF não admitem uma palavrinha contra essa criatura; no lugar dela eu fundaria um novo sindicato para essas três categorias e deixaria o Sinpojud de lado. Qua ia rolar muito mais dinheiro, issi lá ia...

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  15. Quando é que os srs do blog irão entender que o que se menciona como "obrigação moral" não deve ser direcionado com os sindicatos, e vocês já sabem o porquê. Não há nenhum conhecimento ou relação com este termo.

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  16. O interesse nunca foi em "tomar o Sindicato". O que se buscou e, após o "baque" dos recentes acontecimentos, se continuará buscando é um Tribunal digno, que esmere respeito, seja por quem nele trabalha, seja pela população que não acredita na justiça que ele diz propagar...
    O que houve foi apenas uma cobrança de atitude do sindicato, afinal ele é meramente o espelho da vontade da categoria, apenas seu representante, não tem vontade própria. E Zezé, tida como coitada aqui (tadinha...), muito fez realmente, mas nao se vive de passado. O "povo novo" como muitos denominam esperam mudanças, lutou por mudanças, precisava de mudanças. "Encheu o saco" esses malditos vícios, essa morosidade, essa deficiência, arrogância, desrespeito...
    Será que era sonhar muito???

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  17. Colegas, parece vocês não acompanharam a greve ou ficaram em casa assitindo tudo pela Rede Globo.

    Que brincadeira é essa, VCS ACHAM QUE MAIS DE MIL SERVIDORES SE DESLOCARAM DO INTERIOR PARA AS ASSEMBLÉIAS PARA DESTITUIR A ZEZÉ????

    Tá certo que alguns "aventureiros" aproveitaram-se da situação para incitar na cabeça de alguns essa idéia, MAS ISSO NUNCA FOI O FOCO DO MOVIMENTO!!!

    Vocês esqueceram do Decreto 152 ????
    Esqueceram dos cortes que o Tribunal determinou, do dia pra noite, afetando JUSTAMENTE QUEM GANHA MENOS E FAZ O TRABALHO PESADO DOS CARTÓRIOS ???

    Esqueceram da afirmação da própria presidente do TJ, que subtendia-se que não pagaria os 18% da PCS em julho (Aliás, pagaria, mas QUANDO PUDESSE E RETROATIVO) ???

    Esqueceram da avalanche de denúncias e a bla de neve que se formou através do PORTAL TRANSPARENCIA + CNJ + LRF = "DECRETÃO" = (APADRINHADOS + COMISSIONADOS + REDA + ADF) - (SEM PADRINHOS - GEE) = GREVE = + DESCONTOS???

    O quadro do TJ hoje é esse: UMA PINTURA SURREALISTA, onde uns vêem e admiram sem compreender, outros viram o pescoço e fingem entender, e outros simplesmente gritam: ISSO NÃO PODE SER REAL!!!!

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  18. Desmotivada para trabalhar!!!!6 de julho de 2010 às 19:51

    Vixe!!!!
    Ja está enchendo o saco esses discursos!
    Gente, vai acontecer nova eleição para o Sindicato, quem sabe dessa vez quem tanto briga, quem está com tanto rancor não consegue ficar no lugar de Zezé? Ninguem ocupa cargo para sempre, todos nós morremos um dia, lembrem-se disso, e ai o cargo são para os vivos!!!!!
    Não concordo com tudo com o que o Sindicato faz e diz, mas, chega de picuinhas, isso cansa!!!

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  19. Antes de tudo peço desculpas a todos os serventuários pelo comentário.
    Não pertenço a categiria, mas fico irritada ao ler tamanha besteira. POR FAVOR, SE NÃO TEM UMA, PELO MENOS UMA PESSOA que conheça o direito brasileiro, CLAMEM POR AJUDA!!!!!

    A CONSTITUIÇÃO revela claramente que só existem TRÊS E SOMENTE TRÊS PODERES.
    Não estou aqui para dar aula de constitucional mas resta-me dizer que O CNJ NÃO TEM COMPETÊNCIA PARA DECIDIR, JULGAR OU DECLARAR COISA ALGUMA!!!!
    Portanto, se os amigos querem alguma coisa legal QUE PROCUREM A LEGALIDADE!!!!

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  20. Outro ponto... ainda não entendi o motivo da greve...

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  21. Eta bandozinho de gente incompetente, que so sabe agredir a \presidente do TJ e a corte... bando de merdas... vcs são funcionários da casa, tem que pelo menos mostrar respeito pela autoridade constituida. Se não estar satisfeito... se pique... pegue seus panos e vai procurar seu rumo... pega a estrada.... sai fora. E vamos deixar dessa conversa descarada que o povo do interior lebva o TJ nas costa, que isso é uma grande mentira... quem conhece é que bem sabe. Neguinho trabalha (e mal...) meio turno, não bate ponto, vai o dia que quer, mora junto do Forum, não tem despesa com alimentação, nem transporte e ainda por cima trata o usuario como cachorro.... portanto tomem vergonha na cara e vão trabalhar... bando de vagabundos.

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  22. É O MELHOR LUGAR DO MUNDO, SÓ PRECISA MUDAR AS LEIS, DIMINUIR OS IMPOSTOS,ESCOLHER NOSSOS GOVERNANTES COM SERIEDADE, FAZER COM QUE EFETIVAMENTE SEJAMOS RESPEITADOS. POIS INFELIZMENTE TENHO PROCESSOS NA JUSTIÇA (JUIZADO ESPECIAL)DESDE 2004,NO QUAL A RÉ QUE É ADVOGADA DIZ COM TODA SEGURANÇA: ESSE É UM PAÍS DA IMPUNIDADE E VALE QUEM TEM DINHEIRO. EU AMO MEU PAÍS MAIS QUANDO PRECISO DE ALGO PÚBLICO TENHO VERGONHA DE SER BRASILEIRA . AMAR É ACIMA DE TUDO SER RESPEITADO...JÁ ESGOTEI TODOS OS ACESSOS MAS NÃO TENHO PADRINHOS( ...)NEM DINHEIRO,MAS TENHO DETERMINAÇÃO, CORAGEM, PERSISTÊNCIA E CONFIANÇA NO PROCESSO QUE JÁ ESTÁ SENTENCIADO, FINALIZADO, SEM DIREITOS A MAIS RECURSOS.ENTÃO FICA A PERGUNTA: GANHA-SE MAS NÃO LEVA?! QUANDO PERGUNTO E AGORA ,QUE DEVO FAZER?! COM CINISMO ME RESPONDEM: ESSE É O NOSSO BRASIL, ESSA É A NOSSA JÚSTIÇA !! ENTÃO O SLOGAN DA ADVOGADA É O CORRETO ??
    S.O.S. JUSTIÇA URGENTE !!!!!

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