VÍDEO DA ASSEMBLÉIA DE 08.06

8 mil servidores são tratados como inimigos do TJ Ba. Em reunião, quando lembrada qual o valor do salário dos servidores que carregam o Judiciário nas costas - R$1250,00 e R$ 1750,00 - e a situação que muitos desses vivem e a revolta que tanta discrepância gera, a Presidente Telma reclamou que a sua classe não recebe reajuste há cinco anos e que só devemos gastar o que temos.

Se preocupam tanto com quem vai perder seus altos salários, mas desdenham daqueles que estão buscando dignidade.

Foi constrangedor ver aquelas senhoras tão chiques, com seus óculos Ray Bans, bolsas Victor Hugo, madeixas douradas - e que nunca apareceram numa assembléia - tão "mobilizadas", suadas no mormaço, com suas maquiagens desfeitas, agressivas, xingando, expondo o que o ser humano tem de pior. Misturar-se aos plebeus resolveria suas questões? A divisão era clara: alguns defendendo o seu interesse particular e muitos se esgoelando por bandeiras ditas utópicas, falando de isonomia e interesses coletivos. Posições antípodas.

Essa é a greve da revolta, da indignação, da repulsa, daquilo que tocou o coração de cada servidor que se sentiu aviltado, ludibriado e humilhado com os dados da transparência e outras informações. Não à toa, formamos caravanas, percorremos quilômetros e estradas, nos unimos nas nossas comarcas e nos recusamos a abrir as portas dos setores, fizemos passeatas, demos entrevistas, nos expomos. Talvez a presidente do TJ tivesse razão quando disse que a cada hora aparecia novas demandas na pauta de reivindicações. Novos absurdos aconteciam a cada hora também! A bandeira era combater a imoralidade.

Se não há sensibilidade para com isso, não há como julgar essa greve "legal". Há uma máxima que diz que há coisas que podem ser até legais, mas que são flagrantemente imorais. É o que vivemos hoje. É o que foi aprovado ontem na ALBA. Mas com fé e esperança, não será o que veremos imperar. E tudo começou com esta greve histórica, que já produz frutos benéficos para a categoria. Ganhamos em consciência, em politização, defendendo princípios nobres e resgatando valores esquecidos. E o TJ não teve a coragem de nos prejudicar (ainda mais) financeiramente.

Nos perguntamos como vamos trabalhar com amor diante dos acordos políticos que são fechados e que, no mínimo, nos envergonha. Mas nós sabemos o poder que temos, esse foi o nosso maior ganho.

Quando a greve acabar, estaremos de cabeça erguida, orgulhosos de nós mesmos. Ninguém nos tira isso.

Quanto ao corte do ponto, ficará só na ameaça. Pagaremos para ver o TJ produzir um apartheid. Terá condições de NÃO depositar no fim do mês o dinheiro na conta dos considerados grevistas e PAGAR apenas os escolhidos? Ou vai cortar, além do AF, toda a renda das senhoras louras do Palácio da Justiça?

VAMOS JUNTOS DECIDIR OS RUMOS DO MOVIMENTO. UNIDOS PELO MELHOR PARA CATEGORIA!

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