quinta-feira, 3 de junho de 2010

TREVAS, CHOROS E VELAS NA CRISE DO TJ BA




Enquanto os desembargadores têm direito de usar (na verdade não têm, pelo decreto de Telma Britto, mas se dá um jeitinho) a licença prêmio, como A Tarde anotou, citando a ex-presidente Silvia Zarif que só retorna em setembro. Há pelo menos mais um nessa condição. Já os funcionários estão impedidos de utilizá-la, mesmo com direito adquirido, e com seus salários podados até o extremo da base, ou, se quiserem, até o osso. As ex-presidente e a atual Telma Britto, ainda segundo o jornal, entraram em contradição. A primeira afirmou ao CNJ que não havia critérios objetivos para a concessão do adicional de função, concedido aleatoriamente, dando lastro ao Conselho para podar os vencimentos de quase 2,5 mil funcionários, Britto garantiu que havia, sim, critérios, porque nada era feito de forma subjetiva. Mesmo assim, o CNJ preferiu a primeira versão e cortou direitos adquiridos alguns há 18 anos. Nesse período de trevas no TJ-BA, o clima é de tamanho desencontro, com muito choro e reuniões perdidas, que uma leva de funcionários resolveu antecipar a aposentadoria e deixar o Judiciário. Aqueles que saíram e as aposentadorias não foram homologadas, perderão seus adicionais, assim como todos aqueles que estiverem à disposição de outro poder, a exemplo do Executivo. A vida dos funcionários foi totalmente desorganizada, com reflexo familiares, a partir dos prejuizos impostos pelo CNJ e pela presidência do poder. Na confusão, não se consegue trabalhar, enquanto os servidores mantêm a sua greve em uma das maiores crises já observadas no Judiciário da Bahia. Para não perderem o que têm direito, porque lastrado em uma legislação estadual, o funcionalismo fará uma "vaquinha" para contratar um advogado em Brasília e ingressar com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal. É péssimo, ou para lá disso, o clima nos corredores do TJ. Mesmo assim, um desembargador, Olegário Monções Caldas, que também funciona como assessor de imprensa (!) atravessou um grupo de mais de 30 funcionários que foram ao gabinete de Telma Britto e saiu cumprimentando a todos com um estranho "Meus pêsames, meus pêsames". Não sabe ele como foi xingado pela pretensa cortesia, que soou aos ouvidos dos aflitos como uma ironia e acinte.

(Samuel Celestino)

.

4 comentários:

  1. aehuaehueaheauhueh!!!

    Excelente esse desembargador Olegário, ganhou meu respeito, sim senhor!

    Olha, o Samuel Celestino, parece que a mulher dele tem adicional né? então é lamentável, ele tem sido bem tendencioso quando fala da greve do tj...

    ResponderExcluir
  2. CAMPANHA PARA O LINK TRANSPARÊNCIA RETORNAR IMEDIATAMENTE AO AR


    Caros colegas, essa retirada do link transparência pode ser uma estratégia do TJBA para que a sociedade não acesse as informações da folha de pagamentos justamente neste momento de “altas temperaturas”. Inclusive, de repente o CNJ nem está sabendo disso!!!
    Diante dessa hipótese, sugiro que utilizemos o link “fale conosco” da Corregedoria do CNJ, cujo endereço é

    http://www.cnj.jus.br/index.php?option=com_content&view=article&id=9505&Itemid=1078

    para reclamar que a sociedade baiana está, desde o dia 21/05/2010, sem ter acesso ao referido link que foi determinado pelo Conselho Nacional de Justiça.

    Aproveitando, acho oportuno que também deixemos uma mensagem de ELOGIO ao CNJ, pela decisão tomada no dia 31/05/2010, para que eles fiquem cientes da repercussão positiva nesta Bahia, e que representou um avanço para a nossa Democracia.

    Para facilitar, os modelos abaixo poderão ser utilizados:

    Obs. No campo destinado ao assunto, coloquemos: TRANSPARÊNCIA DO TJBA.

    Modelo 01
    (RECLAMAÇÃO)

    Senhor Corregedor,

    Tendo em vista que o acesso da população baiana ao link transparência do TJBA está impedido desde 21/05/2010, solicito que sejam adotadas por esse Conselho Nacional de Justiça as medidas necessárias para que o referido acesso seja imediatamente normalizado, vez que a retirada do link transparência da página no TJBA na internet representa um retrocesso para a nossa Democracia.
    No ensejo, apresento a V. Excelência protestos de estima e apreço.

    Modelo 02
    (ELOGIO)

    Senhor Corregedor,

    Venho por este ato, na qualidade de cidadão baiano, registrar as positivas repercussões que têm ocorrido na Bahia em razão das medidas adotadas pelo Conselho Nacional de Justiça para moralizar o TJBA.
    Após 400 anos de trevas, o CNJ conseguiu acender em nós a esperança de termos Justiça nesta terra, mormente pela decisão proferida pelo conselheiro José Adonis, nos autos do processo n. 0005230-38.2009.2.00.0000, que deu início ao fim das imoralidades históricas do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia.
    Desta forma, todo o povo baiano manifesta a sua admiração pelo sério trabalho desse Conselho.

    ResponderExcluir
  3. Independente de concordar ou não com o posicionamento do Sr. Samuel Celestino achei deplorável a postura desse desembargador.
    Porém, não fiquei nem um pouco surpresa. Infelizmente, o que mais prolifera nos corredores do TJ-Ba é sarcasmo e ironias. Precisamos de mais seriedade e simplicidade e menos de deboche.
    "O mundo está ao contrário e ninguém reparou"???

    ResponderExcluir
  4. Acho que o Olegário não deve ter tido direito à sua quota de afilhados! rsrs
    Tornei-me sua fã!

    ResponderExcluir