Após 18 dias de greve, a categoria se reuniu em mais uma assembléia conjunta, para avaliação do movimento paredista.
Em verdade, antes das assembléias as discussões já se iniciam na internet e essa avaliação começou dias antes, nos diversos blogs, grupos de e-mails e orkut. Opiniões, observações várias e valiosas. Esse é um "termômetro" do encontro vindouro. É unanimidade que pedagogicamente a greve é muito positiva, já nos trazendo conquistas indeléveis: estamos mais apurados na busca de informações, mais conscientes e críticos, mais mobilizados, conseguindo provar que a união faz a força e que somos capazes de resistir unidos até construirmos uma solução para as questões apresentadas. No entanto, também é unanimidade que precisamos nos organizar mais e melhor para que possamos ter êxito. Nesse quesito, sobraram mesmo muitas críticas à atuação dos sindicatos.
Para ver acontecer a MORALIZAÇÃO, JUSTIÇA, DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO E ANTECIPAÇÃO DO PCS estamos trilhando um caminho que, sem dúvidas, será longo e difícil e sem a companhia dos nossos sindicatos, por mais que nos achemos capazes, o percurso torna-se ainda mais complicado.
Para ver acontecer a MORALIZAÇÃO, JUSTIÇA, DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO E ANTECIPAÇÃO DO PCS estamos trilhando um caminho que, sem dúvidas, será longo e difícil e sem a companhia dos nossos sindicatos, por mais que nos achemos capazes, o percurso torna-se ainda mais complicado.
As críticas são também pedidos de que eles caminhem conosco. E se empenhem mais. Não se acanhem na hora de um crítica mais dura ao poder. E a cobrança é quase natural já que estamos falando de uma entidade que tem como premissa a defesa dos interesses dos seus filiados.
Foi levando essa compreensão que muitos foram à assembléia.
A julgar pela última assembléia, quando muitos elogiaram a serenidade dos presentes nos momentos das discussões e votações, todos imaginaram que esta nova não seria diferente.
A julgar pela última assembléia, quando muitos elogiaram a serenidade dos presentes nos momentos das discussões e votações, todos imaginaram que esta nova não seria diferente.
Teria sido se não fosse um detalhe: a disposição da mesa para com aqueles que queriam se expressar. Os sindicatos definiram uma metodologia para a assembléia que parecia querer organizar o seu andamento. No entanto a coisa resvalou quase à dominação. Era "organização" demais... Uma padronização. Um padrão que não vinha acontecendo nas últimas assembléias e, ironicamente, exatamente as assembléias que a mesa não conseguiu conduzir com mãos de ferro. O acesso à mesa foi impedido, poucas inscrições para falar.
É fato que nas últimas assembléias, quase todas as propostas dos sindicatos foram rechaçadas, quando se alargou ainda mais a distância existente entre as direções sindicais e a base. Tocou-se novamente nessa ferida. E a desconfiança que já está instalada só aumenta diante da postura de alguns dirigentes. A relação servidores e sindicatos está estremecida. Melhor que deixem todos declararem suas opiniões. A assembléia é de avaliação do movimento, ao menos os delegados sindicais devem ter espaço garantido para revelar suas experiências, dificuldades, sucesso, problemas ou o que mais queiram. Cercear a palavra mata o que foi proposto. Por conta disso, coisas absurdas foram feitas e ditas.
É fato que nas últimas assembléias, quase todas as propostas dos sindicatos foram rechaçadas, quando se alargou ainda mais a distância existente entre as direções sindicais e a base. Tocou-se novamente nessa ferida. E a desconfiança que já está instalada só aumenta diante da postura de alguns dirigentes. A relação servidores e sindicatos está estremecida. Melhor que deixem todos declararem suas opiniões. A assembléia é de avaliação do movimento, ao menos os delegados sindicais devem ter espaço garantido para revelar suas experiências, dificuldades, sucesso, problemas ou o que mais queiram. Cercear a palavra mata o que foi proposto. Por conta disso, coisas absurdas foram feitas e ditas.
Os dirigentes sindicais não parecem abertos à sugestões, muito menos à críticas. As assembléias parecem ter horário definido para começar e para encerrar, uma vez que, por conta de proposta de realizar alguma atividade após a reunião - na última foi uma passeata, desta vez foi uma visita à ALBA - já há um motivo para que não se conceda a palavra a todos que desejam fazer uso dela. Alguém propôs divulgar a greve na mídia e a Presidente do SINPOJUD afirmou que uma ação desse tipo é muito cara e chegou a sugerir a criação de um fundo para custear essas despesas! O coordenador jurídico do SINTAJ tentou mediar as intervenções dos colegas e acabou impondo uma vontade que parece ter sido acordada pelas diretorias. Só 10 pessoas iriam falar e com muito custo, mais 2 conseguiram se inscrever!
Alguns conseguiram fazer propostas de encaminhamento da greve. Destaque para os colegas Silvia, Oséas, Tiago, Ruy, Cecílio e Antemar. Todas relacionadas ao comportamento que desejamos que os sindicatos adotem diante da postura da Presidente Telma Britto; diante da imprensa e da falta de uma negociação mais afinada com as nossas reivindicações. Se a Desembargadora pediu mesmo um voto de confiança da categoria, respondamos que nós é que estamos dependendo de um voto de confiança dela. Definitivamente, ela precisa sinalizar que reconhece a necessidade de colocar ordem na casa para que possamos começar a conversar!
Desta vez, muita gente que queria falar não pode fazê-lo. O que gerou um grande descontentamento, pessoas que viajaram quilômetros para um diálogo, assistiu um monólogo. Alguns colegas que foram à frente questionar a situação, foram veementemente combatidos pela mesa. Um grupo que já está conhecido, de onde tem despontado novos líderes, que tem atuado para não permitir que a coisa caminhe para o velho modelo de assembléia que imperava...
Com a divergência, que ocasionou muita controvérsia, a presidente do SINPOJUD aproveitou a deixa e pôs fim à assembléia, no melhor do seu estilo. A sensação que ficou foi que assembléia acabou na metade. Nem todas as propostas foram ouvidas. Vale lembrar que duas reivindicações foram feitas e sequer foram registradas para que a assembléia deliberasse sobre as mesmas, quais sejam:
• A realização de uma manifestação na frente do TJ;
• Divulgação de uma nota pública, em protesto aos desmandos do TJ, a ser veiculada na mídia local e não apenas no site do sindicato.
Se cogitou (de forma unilateral) que os sindicatos não teriam recursos para viabilizar a divulgação de uma nota em um veículo de grande circulação, como a TV Bahia, porém não se possibilitou que a assembléia decidisse se tinha, ou não, interesse na divulgação da nota em outros meios mais baratos, contudo de enorme alcance, como alguns programas de rádio ou até no jornal A Tarde.
Se cogitou (de forma unilateral) que os sindicatos não teriam recursos para viabilizar a divulgação de uma nota em um veículo de grande circulação, como a TV Bahia, porém não se possibilitou que a assembléia decidisse se tinha, ou não, interesse na divulgação da nota em outros meios mais baratos, contudo de enorme alcance, como alguns programas de rádio ou até no jornal A Tarde.
No fim das contas, aprovou-se a continuidade da greve até o dia 07/06 quando haverá nova assembléia.
Foi informado que no dia 01/06 o CNJ julgará o processo do AF (ainda estamos tentando confimar a informação).
Houve controvérsia sobre o que seria um comando de greve, quando tentou-se definir uma comissão que funcionasse como tal e com responsabilidade de negociar com o TJ, a presidente do SINPOJUD respondeu que aquilo era tentativa de destituir a diretoria. O entendimento é que comando de greve é todo mundo envolvido no processo... (fazer o que, né?!)
Aprovou-se também uma moção de apoio, elaborada pelo colega Antemar, à Nota Técnica do CNJ e foi definido o dia 02/06 - depois do provável julgamento do processo (???) - para ida de comissão à Brasilia visitar o CNJ.
Após o almoço seguimos para a Assembléia Legislativa da Bahia. Havia informação de que os deputados estariam prontos para votar o Projeto de Lei 18460/2009, que entre outras coisas, institui a CET e RTI, ou seja, o AF com outro nome... Esse foi um capítulo à parte, que comentaremos em outro post!
Após o almoço seguimos para a Assembléia Legislativa da Bahia. Havia informação de que os deputados estariam prontos para votar o Projeto de Lei 18460/2009, que entre outras coisas, institui a CET e RTI, ou seja, o AF com outro nome... Esse foi um capítulo à parte, que comentaremos em outro post!
Foi triste constatar que regredimos um pouquinho... Mas ao menos provou-se que a greve está forte e coesa. A presença dos colegas do interior ainda é admirável, mas diminuiu um pouco e isso é preocupante!
Tais acontecimentos, embora não sejam suficientes para nos desmotivar, ensejam que fiquemos atentos ao fato de que precisamos continuar nos unindo cada vez mais.
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Acredito que uma grande arma que temos a nosso favor nesse momento seja a publicização da greve. Devemos nos apropriar de todos os meios de comuinicação que dispusermos para divulgarmos os nossos anseios, as nossas expectativas e o que realmente nos motiva a continuar com essa greve muito bem justificada. Falem com seus amigos, com seus familiares, com seus vizinhos, mandem e-mails para a maioria de contatos possível, procurem os políticos das suas cidades, as rádios, precisamos defender veementemente a nossa bandeira PELA MORALIZAÇÃO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA BAHIA, JUNTOS será mais fácil sermos OUVIDOS. Aqui em Itapetinga estamos todos mobilizados, por exemplo: divulgação nas emissoras de rádio, passeatas, manifestação em frente ao fórum, nas ruas, na Câmara de Vereadores, etc. Um grande abraço!
ResponderExcluirCompanheiros, precisamos não mudar o foco da nossa greve. Precisamos estar unidos. A presidente do TJBA chegou a comentar que a greve é uma briga ente os sindicatos. Fiquemos atentos para não deixarmos mudar o foco da nossa greve, pois é isso que a Dra. Telma está querendo.
ResponderExcluirÉ triste mais é a pura verdade. Vimos companheiros que fizeram uma verdadeira perigrinação para comparecerem a assembleia e não serem ouvidos. A exemplo destacamos os servidores de Itabuna, que tiveram que desviar o caminho haja vista um acidente na BR 101, e não deiram os mesmos falarem. Não queremos ver mais isto nesta assembleia. A assembleia e dos servidores e não da mesa diretora dos sindicatos. Outra situação deprimente foi ver o Sr. Augusto do SINTAJ, praticamente determinando quem falaria ou não. Que legitimidade ele tem para fazer aquilo, haja vista ser o mesmo Cliente C, entro no Judiciários sem concurso e ainda receber o adcional de função. Por favor não coloquem esse cão de guarda para impedir a fala dos companheiros servidores concursados nas assembleias. Ou pensam que a gente não sabe disso. È vergonhoso tudo isso. Criticam mjuito Zezé, mais a mesma teve coragem o bastante para pedir a retirada do seu adcional. Mostrando realmente que esta do lado dos servidores. E vcs diretores vão ou não pedir a retirada de seus adcionais. Nós sabemos quem recebe e quem não recebe. Não há nada mais escondido. Portando, em vez de se preocuparem em quem deva falar ou não que se preocupem com a situação de vocês. Estamos todos de olhos em vocês diretores e não vamos aceitar que vocês façam a gente de massa de manobra. OK!
ResponderExcluirColegas, vamos envidar esforços para desmascarar essas diretorias (SINPOJUD e SINTAJ). Divulgem no blog os nomes e salários com AF de cada um deles. Acredito não ser tarefa impossível. Temos pessoas do nosso lado que têm acesso à folha de pagamento. Botem na rua o contracheque desses falsos diretores. Esperamos com ansiedade a relação dos agraciados com os adicionais.
ResponderExcluirO Comando de Greve já enviou aos delegados de cada comarca o formulário padrão para registro de comparecimento dos grevistas?
ResponderExcluirSinto-me em um barco à deriva! É briga de um lado, é briga do outro e ninguém resolve nada! A atividade jurisdicional existe para resolver conflitos, buscar a pacificação social, mas o que vemos é uma guerra fria, interminável, dentro da própria casa da justiça! Cargos comissionados existem, são legais, no entanto, comissões exageradas e efeito cascata premiando alguns apadrinhados, dentre estes aqueles que não fazem parte do quadro efetivo do judiciário, não passaram por um concurso público - é de uma imoralidade sem tamanho!
ResponderExcluirConfesso que todos aqueles princípios que norteiam a justiça e o serviço público como estão virando raridade, ao invés de regra. É difícil ver probidade, legalidade, moralidade, equidade, isonomia, imparcialidade, impessoalidade, eficiência, dignidade, acessibilidade... Há colegas que ganham mais que o teto previsto em lei, há colegas que nos desonram com a cobrança de propinas, há julgadores que são obrigados a correr atrás de números e números (metas) e nem sempre fazem justiça. É um desalento para quem ama a JUSTIÇA NO SENTIDO MAIS REAL DA PALAVRA!
Bem, procuro fazer a minha parte, seguindo o que aprendi com os meus pais e exercito durante todo o tempo da minha vida, ser justo, respeitar ao próximo, agir com prudência, zelo, responsabilidade, honestidade, dentro da lei, com humildade.
Ganho pouco, sou escrevente, não tenho adicional de função, mas agradeço a Deus todos os dias pelo meu salário. É dele que sobrevivo, mesmo com dificuldades e crio meus filhos.
Peço ao nosso Pai Misericordioso que interceda para que nosso PCS seja de logo implementado, que a PEC/190 seja aprovada e que paguem o passivo das nossas substituições. Isso melhoraria bastante o nosso sofrimento.
Por falar em substituições, por que, até o momento ninguém comentou como vai ficar, a partir de 1º de junho, a situação dos cartórios, sobretudo do interior, nos quais, em sua grande maioria, os escreventes (leia-se atividade de nível médio), encontram-se exercendo atividades de nível superior (escrivão, subescrivão, oficial de registro civil, de imóveis, protesto, títulos e documentos, suboficial (idem), tabelião, subtabelião, administrador, oficial de justiça, etc)? Quem vai lavrar e assinar os atos dos aludidos cartórios? Quem irá cumprir mandados? O juiz irá assinar reconhecimentos de firmas, autenticações, escrituras, certidões de casamento, nascimento, registros de atas, registro de imóveis, fará diligências? Há comarca em que não há nenhum analista, TODOS são escreventes designados: escrivão do crime, escrivão do cível, oficial do registro civil c/c protesto (e acumulando o cargo de administrador), tabelião (acumulando o cargo de oficial de justiça). Tal comarca vai parar?
No último concurso, raríssma foi a Comarca do interior que foi contemplada com um analista (não se interessaram em razão dos parcos salários). Os cargos continuam e continuarão vagos, visto que os escreventes não poderão mais supri-los, nem mesmo aqueles que já os estão exercendo há mais de cinco, dez anos; que agora possuem nível superior... Enfim, o caos terminará de se instalar!
Impende salientar, ainda, que na grande maioria das comarcas do interior existe uma grande incongruência: os ora enquadrados como analistas, fizeram concurso que exigia apenas nível médio, muitos sequer têm nível superior (isso hoje, diante de tantos cursos à distância), ao passo que os escreventes (técnicos judiciários) fizeram concurso, no qual também exigia-se apenas nível médio,mas, muitos, hoje, possuem nível superior. São melhores qualificados! Mas esse esforço de se aprimorar dia após dia, às próprias custas (visto que o Tribunal nunca nos contemplou com qualquer curso de atualização)de nada vale.