Por Mariliana Campelo
Estaremos completando no dia 25 deste, 18 dias em estado de greve e percebemos que o movimento está forte e a categoria disposta a seguir em frente até o êxito. Percebemos, entretanto, as fragilidades na condução da nossa campanha, pois, se por um lado temos servidores dispostos a enfrentar ameaças de cortes de auxílios e salários, ou ainda ameaças psicológicas, temos a contradição quanto aos reais objetivos da greve, traduzidos pelo discurso desencontrado de alguns dirigentes ao prestar informações e entrevistas à mídia. Nossa preocupação surge do entendimento de que a comunicação do porquê de estarmos em greve seja fundamental para garantir e legitimar o movimento perante o Tribunal de Justiça e da sociedade.
Bem, é necessário unidade para chegarmos à vitória! O discurso deve ser afinado. Diretorias e servidores precisam falar a mesma língua e assistimos, não mais com surpresa, diretores destoando do desejo e do discurso da categoria. Pergunto se todos têm consciência do porquê de estarmos em greve? Qual o ponto fundamental e deflagrador do movimento? Se estamos conscientes, então mantemos o foco e seguiremos firmes em busca da conquista desse objetivo, se não, seguiremos à deriva daqueles que precisam desse palco para se legitimar.
Quando nos dirigimos à assembléia do dia 07/05, sabíamos da necessidade de fazer algo para que a categoria não tivesse direitos desrespeitados ou sofresse perdas em decorrência da má gestão do TJBA, traduzida por uma folha de pagamento inflada pelo pagamento de super salários a apadrinhados. Interessante que saímos dessa assembléia com uma pauta de reivindicações também inflada. Afinal, o que é importante e fundamental para a vitória do nosso movimento? O que está na mesa de negociação que se aceito atenderá aos anseios e objetivos da categoria? Sabemos que os itens incluídos na pauta são importantes, mas alguns não podem ser resolvidos administrativamente? Ou não?
Onde está nosso comando de Greve? Por que não temos uma mesa de negociação permanente, com atuação decisiva para chegar à solução das nossas demandas? Precisamos estar pensando em propostas e estratégias para chegarmos há algum lugar e a impressão que temos é de que tudo está muito solto, sem condução.
Para aqueles que estarão em Salvador no dia 25, está colocada a responsabilidade de pensar a condução do movimento e estratégias para romper a postura antidemocrática da não negociação, pois sem isso, corremos o risco de nos perder e permanecer numa greve infindável e sem solução.
Atentos e fortes, rumo à vitória!
Extraído do Blog da REDE
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Mariliana Campelo é Escrivã em Itabuna, servidora do Judiciário baiano desde 1984 e disputou as últimas eleições do SINPOJUD. Integrou a chapa 3. Leia mais.
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Essa nossa companheira de Itabuna não é fraca não. Tanta propriedade so podia vim dela e do movimento rede. É uma pena a oportunidade que se perdeu nas ultimas eleições. Pois o momento seria o mesmo, mais as atitudes seriam bem outras companheiros. Mas a vida é assim. E como já dizia meu avô, ás vezes ganhar é perder. E perder é ganhar. VCs não acham companheiros. Viva ao movimento rede, sempre presente pontuando o que realmente interessa aos servidores.
ResponderExcluirQue lucidez! Temos que mudar muita coisa nos rumos da nossa greve e da nossa negociação. A pauta de reinvidicações é imensa! Mas por mais que seja tudo mto justo, há coisas que podemo resolver conversando e há coisas que a presidente precisa fazer. O que é mais importante pra nós agora? Temos que reavaliar, sob pena de sairmos desmoralizados e sem nada de concreto. Parabéns Mariliana! Aliás, cadê vc nas assembléias? Tenho te visto mas vc não tem se pronunciado, precisamos que vc diga tudo isso lá! Precisamos da sua contribuição!
ResponderExcluirOlha, eu estou em greve pelo fim do adicional de função. Pela discrepância e falta de transparencia na concessão de beneficios.
ResponderExcluirDizem que a gestão do tribunal é péssima, que o interior está em condições precárias, que grassa a corrupção e etc e tal, mas o que me revolta de verdade é esse adicional.
Mariliana,
ResponderExcluirPela primeira vez, vejo uma manifestação lúcida, equilibrada, inteligente e isenta, em meio a tantas outras emocionais, sem propósito, injustas e desastrosas. Parabéns, Mari. Quem sabe se, diante de sua fala, esse povo passa a refletir melhor, e busca o real foco do movimento? você fez a diferença, companheira.
Sonia Bandeira
Falou e disse marcos, entramos em greve pela moralização do judiciario, pela desoneração justa da folha de pagamento, pela extinção dos redas, pela extinção dos cargos comissionados, pela extinção da vergonha que representa o Adcional de função no TJ, e por fim pelo decreto 152/2010, onde a presideusa diz que esta fazendo a desoneração da folha de pagamento, mais a custas de nós simples servidores que não ganhamos supersalários, retirando-nos uma gratificação de 369,00. Esse é o foco. No dia 25, vamos exirgir dos sindicatos que desonerem a nossa pauta de reinvindicações, para que possamos entregar a presideusa uma pauta objetiva e sermos bem claros no que estamos pleiteando. Ao meu ver o anteprojeto deveria ficar de fora, para depois que ocorresse a desoneração da folha. O o pgamento do passivo das das substituições também, (pois trata-se de resolver administrativamente), pois o CNJ ja mandou que fosse paga e a verba DEA não entra na folha de pagamento. Convênio Conder, auxilio creche, sabemos que são importantes mais podem esperar para depois. O importante agora é garantimos a desoneração da folha, que a presideusa não suspenda a GEE, garantimos o nosso aumento de 18% do PCS. O Foco deve ser esse.Pois a Presideusa pode dizer que vai implantar o auxilio creche, evidar esforços para o projeto da conder ser votado, e semplisment dizer que esta atendendo as nossas reinvingações. Quando na verdade não queremos só isso. Portanto, fora os penduricalhos, rss (qualquer semelhança na minha fala, não e mera coincidencia) da nossa pauta de reinvindicações. Foco na desoneração já.
ResponderExcluirParabéns, Brava Mariliana!
ResponderExcluirAs suas impressões sobre o movimento paredista é oportuno, pois às assembléias tem se mostrado improdutivas na medida em que às suas deliberações não demonstram aplicações práticas para dá visibilidade ao chamamento sobre a MORALIZAÇÃO NO JUDICIÁRIO BAIANO.
Vamos portanto, no dia 25, canalizar a nossa mobilização a fim de encontrar alternativas para avançar nas negociações.
Mariliana Campelo,
ResponderExcluirSe fores tão excelente oradora quanto és de redatora, por que não se apresenta a assembléia com propóstas plausíveis? Se és capaz de avaliar a realidade da situação que se deteriora com o tempo, onde está a solução para que nossos direitos sejam os prevalecidos? Vejo em você alguém capaz de direcionar e liderar uma reação positiva para o movimento, haja vista que os sindicatos, os dois!, não estão posicionados no levante da bandeira da moralização.
Precisamos de mais uma pessoa disposta a integrar o quadro de serviodres capazes de construir uma proposta capaz de sanar os vicios atualmente existentes e que prejudicam o funcionamento da estrutura organizacional do Tribunal de Justiça da Bahia.
Onde estão os líderes?
Apresentem-se com mais união e propostas!
Parabéns Mariliana!!!
ResponderExcluirRealmente sua participação é essencial e espero que sua lucidez contagie todos os colegas servidores que estarão na assembléia do dia 25/05, para que realmente essa greve tenha um final de vitória para todos nós.
Realmente precisamos de lideranças como você, Mariliana.
ResponderExcluirFocar as proposta em temas enxutos e principais é o que está faltando fazer as lideranças atuais do sindicato.
Sinto uma dispersão nas reinvidicações, como nos deixa transparecer certo peleguismo, como se o sindicato estivesse rabo preso do TJ.
Mais lucidez, mais firmeza é o mínimo que espero.
Avante, companheiros!
Oi, sou escrivão na Comarca de Ilhéus. Tenho falado diariamente isso com meus colegas de Comarca. Na assembleia do dia 07 a entonação era ADICIONAL NÃO!..e é por conta do adicional, por conta da verba 263, por conta dos altos salários e da MORALIZAÇÃO do Judiciário que estamos em greve. Se os Sindicatos nos representam, têm que deixar isso claro, principalmente nas mesas de negociações com TB. E temos que ser claros: Primeiro corte os AF's e depois sentaremos para negociar. Nós temos a força, sem Servidores não há Justiça. E se precisar vamos "passar o carro" de novo na Assembleia do amanhã. Abraços!
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